Crédito: Rafael Ribeiro / CBF
Na última sexta-feira (8), durante assembleia na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi aprovado por unanimidade pelas 27 federações estaduais de futebol que o presidente da entidade, atualmente Ednaldo Rodrigues, poderá se reeleger até duas vezes, permitindo que ele fique no cargo por até três mandatos consecutivos. Antes, o estatuto da CBF permitia apenas uma reeleição.
Aron Dresch, presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), que raramente participava das assembleias, foi um dos dirigentes a apoiar a mudança. Durante a gestão anterior, Dresch era aliado de Rogério Caboclo e apoiou a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista. Hoje, porém, ele já posou para fotos ao lado de Ednaldo Rodrigues.
Com a alteração, Ednaldo Rodrigues poderá continuar na presidência da CBF até 2034. Ele assumiu o cargo de forma interina em 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual. O mandato oficial de Ednaldo teve início em março de 2022 e vai até março de 2026. Caso o período em que atuou como substituto de Caboclo não seja contabilizado, ele poderá se reeleger por duas vezes consecutivas.
Além disso, a CBF retirou de seu estatuto a limitação de mandatos a 8 anos, permitindo que as federações estaduais definam de forma independente a duração de seus mandatos. Essa mudança vai de encontro ao discurso de Aron Dresch durante sua eleição, quando ele criticava os longos mandatos de Carlos Orione, que esteve à frente da FMF por 30 anos. Agora, Dresch segue o caminho do seu antecessor.
Ednaílson Rozenha, presidente da Federação Amazonense de Futebol, explicou que a decisão foi resultado de uma comissão de reforma estatutária, composta por juristas, e que Ednaldo Rodrigues participou do processo. "O presidente Ednaldo terá direito a três mandatos, uma eleição e duas reeleições. Já nas federações, cada presidente decidirá em sua assembleia como será o formato de seus mandatos", complementou.