Crédito: Michael Buholzer/AFP
A FIFA anunciou, nesta segunda-feira (14), que pretende modificar as regras de transferências entre clubes após o caso de Lassana Diarra.
O ex-jogador processou a entidade com base nas leis da União Europeia e conseguiu evitar uma multa superior a 10 milhões de euros, em uma derrota reconhecida pela federação.
O ex-jogador processou a entidade com base nas leis da União Europeia e conseguiu evitar uma multa superior a 10 milhões de euros, em uma derrota reconhecida pela federação.
Diante disso, a FIFA iniciará um diálogo global com as principais partes interessadas, embora a data ainda não tenha sido definida. O objetivo é colaborar com todos os envolvidos para desenvolver e modernizar o regulamento do mercado de transferências.
O CASO DIARRA
Lassana Diarra chegou ao Lokomotiv Moscou em 2013, assinando um contrato de quatro anos. No entanto, após a primeira temporada, ele não concordou com um ajuste salarial e decidiu romper o vínculo.
O clube russo acionou a FIFA, que tomou duas decisões: recusou a transferência do jogador para o Charleroi, da Bélgica, e determinou que ele deveria pagar 10,5 milhões de euros em 2015.
O clube russo acionou a FIFA, que tomou duas decisões: recusou a transferência do jogador para o Charleroi, da Bélgica, e determinou que ele deveria pagar 10,5 milhões de euros em 2015.
As regras atuais estabelecem que um jogador que rescinde o contrato sem justa causa deve indenizar o clube. Se o atleta assinar com uma nova equipe, ambos os clubes serão solidariamente responsáveis pela multa, conforme previsto no artigo 17 do estatuto da FIFA.
Diarra levou a questão à Justiça, que acabou decidindo a favor dele. O Tribunal de Justiça da União Europeia declarou que as disposições da FIFA eram ilegais, pois restringiam a livre circulação de jogadores, o que pode abrir caminho para que outros atletas que enfrentaram a mesma situação busquem indenizações.