Crédito: Assessoria / Arquivo
O Cuiabá Esporte Clube, reconhecido por sua gestão exemplar e por conquistar a Série A do Campeonato Brasileiro em menos de 20 anos, enfrentou uma grave crise com sua equipe feminina.
Apesar de seus feitos impressionantes, como a contratação e venda de jogadores por valores milionários e a inauguração de um moderno Centro de Treinamento, o clube demonstra total desinteresse pelo time feminino.
No último domingo (11), um dia após a seleção brasileira feminina conquistar a prata nas Olimpíadas de Paris, o time feminino do Cuiabá enfrentou uma situação crítica.
Com apenas nove jogadoras disponíveis para a partida decisiva contra o Operário no Campeonato Mato-Grossense Feminino, a equipe entrou em campo com menos do que o número regulamentar de 11 jogadores.
A imagem que circulou nas redes sociais levantou questionamentos sobre a gestão e a preparação da equipe.
Inicialmente, o Cuiabá havia prometido reforços e uma equipe competitiva, mas começou a competição estadual com apenas 15 atletas. Devido a dispensas e lesões, o número caiu para nove.
Antes do jogo, as atletas consideraram se retirar, o que teria resultado em um W.O. e uma multa de R$ 20 mil, valor que a diretoria informou que seria descontado dos salários das jogadoras, forçando-as a entrar em campo.
Durante a partida, três jogadoras se lesionaram, deixando o time com apenas seis atletas, impossibilitando a continuidade do jogo. A situação foi amplamente divulgada nas redes sociais, com uma das atletas criticando a falta de suporte e planejamento do clube.
O Cuiabá parece ter montado sua equipe feminina apenas para cumprir a exigência da Confederação Brasileira de Futebol, que desde 2019 obriga clubes da Série A a terem times femininos.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, anunciou que a partir de 2027, essa exigência se estenderá para as quatro divisões do Campeonato Brasileiro.
Até o momento, o Cuiabá não se pronunciou sobre o ocorrido.