Crédito: Assessoria / Arquivo
Convertido em uma passarela para a chegada das delegações, o icônico rio Sena se prepara para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 nesta sexta-feira (26). O evento, que promete ser "incrível" segundo os organizadores, será realizado em meio ao risco de chuva.
Horas antes da cerimônia, a companhia ferroviária francesa SNCF sofreu "vários atos maliciosos simultâneos" nas linhas de alta velocidade Atlântico, Norte e Leste, com incêndios intencionais que danificaram as instalações. A ministra de Esportes, Amélie Oudéa-Castera, condenou essa "sabotagem", enquanto o ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, chamou o ato de "criminoso e escandaloso", que afetou cerca de 800 mil passageiros, muitos dos quais viajariam para Paris para o evento.
Além dos problemas com a segurança, o dia começou com chuva leve, e as previsões indicam uma probabilidade de 70% a 80% de mais chuvas durante a cerimônia.
Cerca de 7.500 atletas desfilam em 85 barcos pelos seis quilômetros de água que cruzam a capital francesa. A cerimônia, que mistura a cultura francesa com os valores olímpicos, terá quatro horas de duração e será assistida ao vivo por 320 mil pessoas a partir das 14h30 (horário de Brasília).
O presidente francês Emmanuel Macron prometeu uma cerimônia "incrível" em um jantar com chefes de Estado no Museu do Louvre na quinta-feira. O evento contará com a participação de artistas renomados, incluindo Lady Gaga, Céline Dion e Aya Nakamura, embora detalhes tenham sido mantidos em segredo.
Tony Estanguet, presidente da comissão organizadora (COJO), destacou os desafios logísticos e de segurança envolvidos, dado o contexto de alerta terrorista e os ataques jihadistas em Paris em 2015. A cerimônia, idealizada pelo diretor de teatro francês Thomas Jolly, será a primeira dos Jogos Olímpicos realizada fora de um estádio, exigindo uma operação de segurança sem precedentes.
Cerca de 45 mil policiais e seguranças privados estarão mobilizados, com atiradores de elite posicionados em pontos estratégicos da cidade para garantir a segurança durante o desfile. As delegações de Israel e dos atletas palestinos receberão atenção especial devido à situação em Gaza.
Israel será representado pelo presidente Isaac Herzog, e a Autoridade Palestina pelo chefe do Comitê Olímpico palestino, Jibril Rajoub. A ausência notável será a do presidente russo Vladimir Putin, após a exclusão da Rússia, e o presidente ucraniano Volodimir Zelensky também não estará presente.
A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, participará do evento, enquanto o presidente Joe Biden desistiu recentemente da corrida à reeleição. A China enviará o vice-presidente Han Zheng, e a Espanha será representada pelo rei Felipe, com dignitários latino-americanos como Javier Milei (Argentina), Gustavo Petro (Colômbia) e Santiago Peña (Paraguai) também presentes.