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No sábado, o Brasil foi eliminado da Copa América pelo Uruguai após uma dramática disputa de pênaltis, encerrando uma campanha que levanta dúvidas sobre o futuro da equipe nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
A Seleção Brasileira chegou aos Estados Unidos com uma postura mais cautelosa, reconhecendo pela primeira vez que não estava entre os favoritos ao título.
Na fase de grupos, o desempenho foi aquém das expectativas, com o Brasil terminando na segunda posição do Grupo D, atrás da Colômbia, o que dificultou o caminho para as quartas de final.
Em Las Vegas, a equipe enfrentou uma forte seleção uruguaia comandada por Marcelo Bielsa, que havia vencido suas três partidas na fase de grupos com autoridade.
A tarefa do Brasil foi ainda mais difícil com a ausência do atacante Vinícius Júnior, suspenso para o jogo decisivo.
O confronto foi marcado por um jogo truncado e cheio de interrupções, com 46 faltas cometidas e poucas oportunidades de gol.
Mesmo com a expulsão do lateral uruguaio Nahitan Nández aos 70 minutos, o Brasil não conseguiu marcar e o jogo terminou empatado em 0 a 0.
Na decisão por pênaltis, o goleiro uruguaio Sergio Rochet defendeu a primeira cobrança de Éder Militão, e o chute de Douglas Luiz também não teve sucesso, acertando a trave.
A eliminação foi um golpe duro para a Seleção, e Éder Militão expressou sua dor: "É muito triste, muito doloroso.
Estávamos crescendo no jogo, jogando bem, mas infelizmente é o futebol. Às vezes as coisas não saem como previsto."
A Falta de Magia no Time Brasileiro
O fracasso na Copa América teve suas raízes em eventos anteriores, especialmente na derrota para o Uruguai por 2 a 0 em outubro do ano passado, pelas Eliminatórias para a Copa de 2026, quando Neymar sofreu uma grave lesão no joelho e deixou o campo de maca.
A ausência de Neymar na Copa América foi um golpe significativo para a equipe.
Com Neymar fora, a responsabilidade recaiu sobre Vinícius Júnior, que, apesar de ser um forte candidato à Bola de Ouro, teve um desempenho abaixo do esperado na competição, marcando apenas dois gols na vitória sobre o Paraguai por 4 a 1 e recebendo dois cartões amarelos que resultaram em sua suspensão para as quartas de final.
Rodrygo, outro destaque do Real Madrid, assumiu a camisa 10, mas não conseguiu se destacar no torneio.
O último recurso do técnico Dorival Júnior era Endrick, de 17 anos, que estreou como titular na Seleção, mas não conseguiu brilhar diante da dura marcação uruguaia.
Dorival Júnior e o Futuro da Seleção
Após a eliminação, o Brasil retornará para casa invicto nos 90 minutos, mas com um desempenho tímido de uma vitória e três empates na Copa América.
O técnico Dorival Júnior, sempre otimista, defendeu a qualidade de seu elenco e pediu paciência para o desenvolvimento dos jovens jogadores: "Não foram os resultados que gostaríamos, tenho de reconhecer, chamando a responsabilidade dos resultados para o treinador.
Mas temos tudo para evoluir, crescer, melhorar muito além do que foi apresentado."
O treinador, que teve quase 40 dias para preparar a equipe, viu as imagens de sua postura antes da disputa de pênaltis contra o Uruguai circularem nas redes sociais, contrastando com a concentração dos uruguaios, que seguiam as instruções de Marcelo Bielsa.
O capitão Danilo também pediu paciência: "Essa equipe jovem demonstrou que pode fazer grandes coisas. Só espero que tenham paciência. É justo, sei que o Brasil há muito tempo não ganha algo, mas tenha paciência com esses jovens."
A eliminação na Copa América deixa um panorama incerto para a trajetória do Brasil nas Eliminatórias para a Copa de 2026, com a Seleção precisando encontrar soluções e reavaliar suas estratégias para o futuro.
