Crédito da Foto: Assessoria / Arquivo

Na manhã desta terça-feira (31), os quenianos mantiveram sua hegemonia na Corrida Internacional de São Silvestre, vencendo tanto a prova masculina quanto a feminina.
Desde sua estreia na competição, em 1992, os atletas do Quênia acumulam 19 vitórias no feminino e 18 no masculino. Paul Tergat, ícone da corrida, é o maior vencedor da história recente com cinco títulos (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000).
Desde sua estreia na competição, em 1992, os atletas do Quênia acumulam 19 vitórias no feminino e 18 no masculino. Paul Tergat, ícone da corrida, é o maior vencedor da história recente com cinco títulos (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000).
Na edição deste ano, Agnes Keino foi a campeã da prova feminina, completando os 15 km em 51m25s. Sua compatriota Cynthia Chemweno ficou com a segunda colocação (52m11s). No masculino, Wilson Too venceu com o tempo de 44m21s.
Entre as brasileiras, Núbia de Oliveira Silva conquistou o terceiro lugar, finalizando em 53m24s, seguida por Tatiane Raquel da Silva, que ficou em quinto, com 53m51s. “Conseguir colocar duas brasileiras entre as cinco melhores é muito especial”, celebrou Tatiane após a prova.
Núbia destacou a força vinda do público na reta final: “Quando cheguei na Brigadeiro [Luiz Antônio], percebi que as estrangeiras estavam cerca de 100 metros à frente. O incentivo da torcida foi essencial para eu alcançar a terceira posição”, disse ela. Núbia ultrapassou a tanzaniana Anastazia Dolomongo nos últimos metros, garantindo o pódio.
No masculino, Johnatas de Oliveira Cruz foi o melhor brasileiro, terminando em quarto lugar com 45m32s. “Estamos nos aproximando de quebrar essa hegemonia africana. O segredo é foco, preparação intensa e muita mentalidade”, declarou ele, que subiu duas posições em relação ao ano passado, quando ficou em sexto.
Calor desafia atletas, mas público compensa
Apesar da energia contagiante da torcida, o calor foi apontado como o maior obstáculo pelos corredores. “A partir dos 10 km, o clima começou a pesar. Tentei me hidratar, mas na subida da Brigadeiro o desgaste foi grande”, contou Tatiane. A campeã Agnes Keino compartilhou a dificuldade: “O calor tornou a prova mais desafiadora este ano”.
Mesmo assim, o campeão masculino, Wilson Too, destacou a importância da prova em sua preparação para a Maratona de Sevilha: “Foi uma boa corrida. Apesar do calor, pretendo voltar no próximo ano”.
Jejum brasileiro continua
O Brasil segue sem vitórias na São Silvestre há anos. No masculino, o último campeão foi Marilson dos Santos, tricampeão em 2010. Já no feminino, Lucélia Peres foi a última a conquistar o título, em 2006.
Ainda assim, o desempenho de atletas como Núbia e Johnatas mantém viva a esperança de que o país volte ao topo do pódio em breve.