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A seleção do Japão se prepara para encarar o Brasil em amistoso marcado para a próxima terça-feira (14), em Tóquio, apresentando um estilo de jogo moderno, influenciado pelo futebol europeu e sustentado pelo talento de jogadores que atuam em grandes ligas do continente.
Sob o comando de Hajime Moriyasu, o Japão costuma atuar em um esquema 3-4-2-1, priorizando velocidade nas laterais, movimentação ofensiva e pressão intensa na recuperação da bola. A equipe tem se destacado pela disciplina tática e pela capacidade de alternar rapidamente entre defesa e ataque.
O técnico do Paraguai, Gustavo Alfaro, que enfrentou os japoneses em amistoso no último dia 10 de outubro (empate por 2 a 2), elogiou o desempenho e a organização do adversário.
“O Japão tem um estilo muito próprio. Mais de 80% dos jogadores atuam na Europa, o que dá ritmo e inteligência tática à equipe. Eles utilizam bem os corredores laterais, têm meio-campistas ofensivos e um ataque extremamente móvel. Quando perdem a bola, pressionam alto e forçam o erro do adversário. É como assistir a um time europeu”, avaliou.
No ataque, Koki Ogawa (NEC Nijmegen) e Ayase Ueda (Feyenoord) são os principais destaques. Ogawa abriu o placar contra o Paraguai, enquanto Ueda marcou nos acréscimos, garantindo o empate. O técnico Moriyasu valorizou o desempenho da dupla.
“Jogadores como Ogawa e Ueda dão confiança ao grupo. Mesmo contra defesas fortes, conseguimos criar chances e marcar, o que mostra a evolução da equipe”, afirmou.
Em grande fase, Ueda é o artilheiro do Campeonato Holandês, com oito gols em oito partidas, e Ogawa soma três gols em sete jogos na Eredivisie.
A base japonesa também conta com nomes como o goleiro Zoichi Suzuki, o defensor Takehiro Watanabe e o meia Ritsu Doan, que ajudam a manter o equilíbrio entre posse de bola, compactação e transições rápidas, características marcantes do futebol nipônico.
De acordo com dados da NHK, o número de jogadores japoneses atuando na Europa chegou a 114 em 2025, o maior da história. Para o analista de desempenho Ed Sulley, esse crescimento reflete o reconhecimento internacional do talento japonês.
“A tecnologia e a globalização tornaram os jogadores japoneses mais visíveis e valorizados. Hoje, eles têm espaço em clubes competitivos e contribuem para elevar o nível da seleção”, explicou.
A J-League, liga nacional do Japão, também tem passado por reformas estruturais, com mudanças no calendário e incentivos para intercâmbios com clubes europeus, buscando aprimorar a formação de jovens atletas e aumentar a competitividade interna.
O amistoso diante do Brasil será mais do que um teste: será uma prévia do potencial japonês para a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A expectativa é que o confronto sirva para medir o nível da equipe e fortalecer a confiança em um projeto que alia intensidade, disciplina e ambição internacional.