Crédito da Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O empate em 0 a 0 entre Palmeiras e Cruzeiro, neste domingo (26), no Allianz Parque, trouxe à tona uma dúvida frequente entre torcedores: o árbitro é obrigado a seguir a recomendação do VAR? O lance envolvendo o zagueiro Gustavo Gómez e o atacante Wanderson ilustrou que a decisão final ainda cabe ao juiz de campo.
Durante a partida, o árbitro Rafael Klein foi chamado pelo VAR, comandado por Daniel Nobre Bins, para revisar uma falta dura de Gómez, que atingiu a canela do adversário. O VAR sugeriu a possibilidade de cartão vermelho, argumentando que o jogador “mantém a perna estendida com intensidade alta” e poderia ter evitado o contato.
Após rever o lance no monitor, Klein manteve sua interpretação e aplicou apenas o cartão amarelo.
“O jogador chuta a bola e não tem tempo de tirar o pé. Tiro livre indireto e cartão amarelo”, explicou o árbitro, gerando indignação nos jogadores do Cruzeiro.
Segundo o protocolo da FIFA, seguido pela CBF, o VAR só pode intervir em quatro situações: gols, pênaltis, cartões vermelhos diretos e erros de identificação. Mesmo assim, a decisão final é sempre do árbitro de campo. O vídeo serve como apoiador consultivo, não como imposição. As regras deixam claro que uma decisão só deve ser alterada diante de um “erro claro e manifesto”.
No caso de Gustavo Gómez, Klein entendeu que o contato foi parte da dinâmica do jogo, sem intenção violenta. A Comissão de Arbitragem da CBF confirmou que o juiz seguiu corretamente o protocolo: revisou a jogada, analisou a recomendação do VAR e manteve sua decisão inicial.
O jogo, porém, teve outras reclamações: o Palmeiras teve um gol anulado e o Cruzeiro contestou a expulsão de Fabrício Bruno. Ao fim da partida, o técnico Leonardo Jardim criticou a inconsistência da arbitragem e disse que repensaria sua permanência no futebol brasileiro.










