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O julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, virou o principal tema da semana no futebol brasileiro. A decisão, que seria anunciada na última segunda-feira (10), foi adiada e deve ser concluída nesta quinta-feira (13) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD).
O jogador de 34 anos é acusado de manipulação para receber um cartão amarelo em partida contra o Santos, válida pelo Brasileirão de 2023. Inicialmente, ele foi punido com 12 jogos de suspensão, mas vem atuando graças a um efeito suspensivo.
Tanto o Flamengo quanto a defesa do atleta recorreram da decisão em busca da absolvição total. Já a Procuradoria do STJD pediu o aumento da pena para 24 jogos, alegando gravidade na conduta. Um dos nove relatores do tribunal votou pela multa de R$ 100 mil, mas sem manter a suspensão de 12 partidas, o que permitiria a Bruno Henrique continuar jogando normalmente nesta reta final de temporada.
Leila Pereira cobra equilíbrio do STJD
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a se manifestar sobre o caso e cobrou mais coerência do tribunal esportivo, comparando o processo de Bruno Henrique ao do volante Allan, punido recentemente.
“O Palmeiras sempre respeitou, e seguirá respeitando, as instituições, mas espera o mesmo respeito de volta. O que está acontecendo não é justo”, afirmou Leila.
“Um atleta é condenado por uma infração grave e joga normalmente por dois meses, inclusive fazendo gols e decidindo jogos. Quando o novo julgamento é marcado, vota-se pela absolvição e a sessão é adiada. Enquanto isso, Allan, que era réu primário, é suspenso por dois jogos em um lance de jogo e tem a punição confirmada em 15 dias. Tudo isso numa semana decisiva, com desfalques pela Data Fifa. Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados.”
“O Palmeiras espera que o STJD tenha uma postura equilibrada, para que suas decisões não interfiram em um dos campeonatos mais disputados dos últimos anos. Que o campeão seja decidido dentro de campo.”
Agora, Bruno Henrique depende de quatro votos favoráveis entre os nove relatores para reverter a punição. A manifestação de Leila foi vista como uma tentativa de pressionar o tribunal às vésperas do julgamento.
Flamengo reage
Nos bastidores, o Flamengo demonstrou forte incômodo com as declarações de Leila Pereira. A diretoria rubro-negra entende que a presidente do Palmeiras não deveria interferir em um caso que não envolve seu clube e que suas falas foram uma estratégia para ganhar visibilidade na mídia.
Dirigentes do Flamengo também avaliam que as declarações da palmeirense podem exercer influência indevida sobre o julgamento de quinta-feira, mas esperam que os auditores mantenham independência e sigam suas convicções jurídicas, sem se deixar levar por pressões externas.










