Crédito da Foto: Arquivo / Assessoria
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, fez duras críticas à postura de clubes grandes que estão em débito financeiro e apontou que a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), criada pela CBF para facilitar negociações, tem contribuído para o aumento da inadimplência entre os clubes menores. Segundo ele, o Dourado tem um total de R$ 34 milhões a receber de três clubes da Série A.
A declaração foi feita em uma entrevista ao portal UOL, onde Dresch afirmou que a CNRD, estabelecida em 2015, não tem cumprido sua função de resolver questões financeiras entre os times e, ao contrário, estaria incentivando o calote.
“A CNRD foi criada para agilizar as cobranças, mas o que vemos é um órgão que deveria combater a inadimplência e, ao invés disso, toma decisões que acabam estimulando ainda mais os calotes. Há tanto tempo se fala sobre fair play financeiro no Brasil, mas a verdade é que já temos um órgão que deveria ajudar, mas não tem gerado resultados efetivos”, afirmou o dirigente.
Dresch também criticou a prática de clubes que contratam novos jogadores enquanto não pagam dívidas passadas. Ele revelou que o Cuiabá tem a receber R$ 34 milhões de clubes como Corinthians, Santos e Atlético-MG, valor que inclui os montantes originais e as multas por atraso.
“O Cuiabá tem esse valor a receber do Corinthians, Santos e Atlético-MG. Enquanto isso, esses clubes estão contratando jogadores como o Neymar e o Rollheiser, do Benfica, por milhões de euros. É uma situação difícil de entender”, disse.
O dirigente mencionou ainda que o Corinthians está negociando a dívida referente ao jogador Raniere, vendido ao clube paulista no final de 2023, por meio da CNRD. Porém, ele destacou que os problemas com a inadimplência continuam com o Atlético-MG e o Santos.
“O Corinthians está discutindo com a CNRD para incluir nossa dívida no plano de pagamento coletivo. Já o Atlético-MG não concordou com a antecipação das parcelas do contrato e optou por negociar com a CNRD. O pagamento ainda não foi feito. Em relação ao Santos, as dívidas venceram nos últimos 15 dias, e nos prometeram entrar em contato para realizar o pagamento, mas, pelo que estamos vendo, é muito difícil que paguem algo, considerando o quanto estão gastando no mercado”, finalizou.
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