Crédito da Foto: AsCom/Dourado
O Cuiabá entra em campo nesta sexta-feira para enfrentar o Remo, pela 34ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, em uma partida que pode definir os rumos da equipe na competição. Com 50 pontos e fora do G-4, o Dourado precisa resgatar a garra e a determinação que marcaram um dos momentos mais memoráveis de sua história — o famoso “Milagre do Pantanal”, de 2015.
A inspiração: o Milagre do Pantanal original
Há dez anos, na final da Copa Verde, o Cuiabá viveu uma das noites mais épicas do futebol mato-grossense. Depois de perder o jogo de ida por 4 a 1 para o Remo, no Mangueirão, o time auriverde protagonizou uma virada histórica na Arena Pantanal: vitória por 5 a 1 e título conquistado diante de uma torcida em êxtase. O feito ficou eternizado como o “Milagre do Pantanal” e marcou o início da ascensão do clube no cenário nacional.
Agora, o contexto é diferente, mas o sentimento é parecido. Mais uma vez, o adversário é o Remo, e o Cuiabá precisa desafiar as probabilidades para alcançar um objetivo grandioso: retornar à Série A do Campeonato Brasileiro.
Cenário: missão quase impossível
Faltando cinco rodadas para o fim da Série B, o Cuiabá soma 50 pontos e precisa conquistar pelo menos 12 dos 15 pontos restantes para manter vivo o sonho do acesso. Nas contas mais realistas, seriam necessários 63 a 64 pontos para garantir presença no G-4 — média observada nos últimos cinco campeonatos. Em 2020, o próprio Dourado subiu com 61 pontos, a menor pontuação recente.
A disputa é acirrada. À frente do Cuiabá estão Athletico-PR (50), Goiás (52), Novorizontino, Remo, Criciúma e Chapecoense (54) e o Coritiba (57), que atualmente fecha o grupo dos quatro primeiros. A diferença de pontos é pequena, mas o tempo é curto e há confrontos diretos entre clubes na briga pelo acesso.
Calendário decisivo pela frente
O calendário não dá folga ao Dourado. Após o confronto com o Remo, o time encara o Amazonas fora de casa, recebe o Goiás, visita o América-MG e encerra a campanha contra o Criciúma, novamente na Arena Pantanal. Três dos cinco adversários brigam diretamente pelo acesso, enquanto os outros dois lutam contra o rebaixamento.
Cada ponto será disputado como uma final, e o fator casa poderá ser decisivo. O Cuiabá tem três jogos restantes diante de sua torcida e precisará transformar a Arena Pantanal em um verdadeiro caldeirão para manter vivas as chances de subir à elite do futebol nacional.
Entre a matemática e a mística
O desafio é matematicamente possível, mas exige desempenho quase perfeito. Mais do que isso, requer resgatar a confiança e o espírito de superação que marcaram a trajetória meteórica do clube na última década, quando saiu da Série C e permaneceu quatro anos na Série A.










