Crédito da Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
O Corinthians atravessa uma das fases mais complicadas dos últimos tempos no mercado de transferências. O técnico Dorival Júnior ainda demonstra otimismo de que a diretoria conseguirá reverter o transfer ban imposto pela Fifa, mas admite que o risco de o clube continuar impedido de registrar reforços em 2026 é cada vez mais concreto.
A proibição, em vigor desde 12 de agosto, ocorreu por conta de uma dívida de cerca de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, referente à compra do zagueiro Félix Torres. O problema se soma a outras cinco condenações na entidade máxima do futebol, entre elas a ação do meia Matías Rojas, que cobra cerca de R$ 41,5 milhões. Ao todo, as pendências internacionais ultrapassam R$ 125 milhões, agravando a crise financeira alvinegra.
Em busca de solução emergencial
Para tentar contornar a situação, a diretoria estuda contrair um empréstimo de R$ 100 milhões, mas o cenário ainda é incerto. Em 2025, o clube conseguiu anunciar apenas dois reforços: Fabrizio Angileri, no início do ano, e Vitinho, que chegou pouco antes da punição ser confirmada. Dos quatro reforços solicitados por Dorival ao assumir o cargo em abril, apenas um foi atendido.
O planejamento para 2026 preocupa. Quatro jogadores — Angileri, Maycon, Ángel Romero e Talles Magno — têm contrato até o fim da temporada e podem deixar o time. Além disso, retornam de empréstimo Pedro Raul, Fagner e Alex Santana, que terão seus futuros avaliados pela comissão técnica.
Reto final e incertezas
Enquanto o departamento financeiro tenta resolver as pendências, Dorival busca manter o grupo focado na reta final do Brasileirão. No entanto, sem garantias de contratações e com um elenco em transformação, o Corinthians encara um futuro incerto, no qual o maior desafio será reconstruir a credibilidade e recuperar o poder de investimento para voltar a disputar títulos em alto nível.










