Crédito da Foto: AsCom/Dourado
O Cuiabá entra em uma nova fase na Série B do Campeonato Brasileiro com a efetivação de Eduardo Barros, 40 anos, como treinador do time principal. Ex-auxiliar permanente do clube, ele herda o cargo após a saída de Guto Ferreira, ocorrida depois da derrota para o Avaí. O Dourado ocupa atualmente a oitava colocação, com 31 pontos (nove vitórias, quatro empates e oito derrotas), e segue na luta pelo acesso à Série A de 2026.
Da base ao protagonismo
Barros não é novato no comando de equipes. Em 2019, aos 34 anos, tornou-se o técnico mais jovem da Série A ao assumir o Athletico-PR após a saída de Tiago Nunes. Fechou o Brasileirão invicto, com cinco vitórias e três empates, aproveitando a base tática já existente e mantendo o grupo coeso. No ano seguinte, voltou ao time principal após breve passagem pelo elenco de aspirantes e buscou implementar um modelo mais autoral, com meio-campo em losango e valorização da posse de bola — filosofia que gerou bons resultados pontuais, mas também irregularidade.
Experiência no Amazonas e lições aprendidas
Em 2025, Barros comandou o Amazonas, onde conquistou o título estadual, mas teve campanha modesta na temporada: duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas em 11 partidas. Críticas recaíram sobre o excesso de toques e a pouca objetividade ofensiva, além da carga intensa de treinos. O desafio agora é adaptar sua proposta ao contexto competitivo da Série B, que exige mais verticalidade e intensidade.
Perfil e estilo de jogo
Conhecido por dialogar com o elenco e detalhar funções táticas, Barros privilegia um futebol paciente, com passes curtos e construção pelo meio. Essa abordagem visa controlar o jogo, mas pode limitar a profundidade ofensiva. No Cuiabá, terá que encontrar o ponto de equilíbrio entre toque refinado e objetividade.
Estrutura e comissão técnica
A comissão será formada por Felipe Moreira (auxiliar, ex-Ponte Preta), Gustavo Almeida (auxiliar, ex-sub-20 do Cuiabá) e Jean Carlo Freitas (preparador físico). A expectativa é de que a nova gestão consiga transformar posse em gols e vitórias para manter o Dourado firme na briga pelo acesso.
Trajetória
Natural de Campinas (SP), Eduardo Barros passou por Paulínia, Novorizontino, Coritiba e Athletico-PR, onde teve duas experiências como técnico interino. Parceiro de Fernando Diniz em vários clubes, também integrou a comissão da Seleção Brasileira em jogos das Eliminatórias da Copa de 2026.
Se conseguir aliar sua visão de jogo à necessidade prática da Série B, Barros pode transformar o Cuiabá em um dos candidatos mais fortes ao acesso.










