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O técnico Eduardo Barros seguirá no comando do Cuiabá para a temporada de 2026. Ele assumiu o time em agosto, após a saída de Guto Ferreira, mas não conseguiu recolocar o Dourado na briga pelo acesso à Série A. Quando chegou, o clube ocupava a sétima posição da Série B; ao final da competição, terminou em 10º lugar, registrando sua pior campanha no torneio.
Mesmo sem alcançar o objetivo, a equipe apresentou bons momentos sob sua direção. Nos nove primeiros jogos, o Cuiabá manteve-se invicto, mostrando evolução ofensiva e competitividade. Porém, a queda de desempenho diante de adversários mais fortes na reta final culminou em resultados negativos que pesaram no desfecho da temporada.
Início promissor, mas defesa vulnerável
A chegada de Eduardo Barros trouxe um início animador. O Cuiabá engatou uma sequência de nove partidas sem derrota — três vitórias e seis empates — e apresentou organização ofensiva, marcando 13 gols no período. Em contrapartida, a defesa sofreu 10 gols e demonstrou fragilidade, sobretudo nas jogadas aéreas e na proteção da área.
Contra Atlético-GO, Ferroviária e Vila Nova, por exemplo, o Dourado levou dois gols em cada jogo, quase sempre em situações semelhantes. Assim, mesmo com ataque eficiente e presença constante no placar, a equipe tinha dificuldade em administrar vantagens.
Reta final expôs os problemas
A fase decisiva consolidou os déficits defensivos. A invencibilidade caiu diante do Novorizontino, em confronto direto na Arena Pantanal. O gol da derrota nasceu de uma jogada iniciada após escanteio, com troca de passes dentro da área — uma situação recorrente no setor defensivo da equipe.
Após esse revés, o Cuiabá ainda venceu o Coritiba, mas voltou a oscilar: empatou com o Botafogo-SP nos minutos finais, levou três gols do Remo em casa com apenas cinco finalizações contra, e teve atuação muito abaixo contra o Amazonas, então candidato ao rebaixamento, perdendo por 2 a 0.
Avaliação da diretoria
Apesar dos problemas, a alta cúpula do clube demonstrou confiança na continuidade do trabalho de Eduardo Barros. Em entrevista ao ge, o presidente Cristiano Dresch assumiu responsabilidade pelos erros na montagem do elenco, afirmando que algumas contratações contrariaram suas convicções e não renderam o esperado.
“Tudo o que foi feito de errado não pode se repetir”, disse o dirigente, ao falar sobre as lições aprendidas na temporada.
Espaço aos jovens e reconstrução do projeto
Para 2026, o Cuiabá planeja valorizar ainda mais os jogadores formados na base. Nesse ponto, Eduardo Barros tem prestígio, já que utilizou bastante jovens como Calebe, David Miguel e Marcelo ao longo do campeonato.
A tendência é que o treinador participe ativamente da reformulação do elenco, alinhado ao projeto de reconstrução da identidade do clube para a próxima temporada.










