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O Conselho Técnico da CBF, realizado nesta terça-feira, abriu caminho para possíveis mudanças no regulamento do Campeonato Brasileiro nos próximos anos.
Entre os temas em debate estão a redução no número de rebaixados da Série A e a limitação de estrangeiros por partida. As discussões serão aprofundadas pelo Conselho Nacional de Clubes (CNC), órgão que ganhou mais poder de decisão e será responsável por avaliar os prós e contras dessas alterações.
Caso as propostas avancem, qualquer mudança só teria efeito a partir da temporada de 2027. O limite de estrangeiros, que nos últimos anos foi ampliado de cinco para nove atletas relacionados por jogo, pode ser reduzido para seis.
A medida levaria em consideração os contratos em vigor, respeitando os compromissos firmados pelos clubes. Atualmente, mais de 130 jogadores estrangeiros disputam a Série A do Brasileirão.
O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, recentemente se posicionou a favor da redução, argumentando que a medida abriria mais espaço para jovens talentos formados no país.
Para facilitar a adaptação dos clubes, uma transição gradual poderá ser estudada antes da implementação definitiva. Importante lembrar que a limitação se aplica apenas aos relacionados para as partidas, não ao número total de estrangeiros nos elencos.
Outra mudança em análise é a redução do número de rebaixados da Série A. Desde 2006, a competição conta com 20 clubes, sendo quatro rebaixados para a Série B a cada edição.
A possível alteração reduziria essa quantidade para três, ajustando também o acesso das divisões inferiores. O principal argumento utilizado para defender a mudança é que o atual formato rebaixa 20% dos times participantes, o que alguns dirigentes consideram excessivo.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, citou como exemplo os casos recentes de Fluminense e Atlético-MG, que chegaram a disputar a Libertadores e, no mesmo ano, brigaram contra o rebaixamento.
Para ele, o problema estaria mais relacionado ao calendário apertado do futebol brasileiro do que a questões administrativas dos clubes.
Os debates sobre as mudanças continuarão ao longo de 2025. O CNC terá reuniões mensais na sede da CBF e contará com representantes indicados pelos clubes da Série A, incluindo Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco, além do Palmeiras, que participará como convidado. O presidente do Conselho é Marcelo Paz, dirigente do Fortaleza.
Na próxima sexta-feira, os clubes da Série B de 2025 também se reúnem na CBF para definir seus representantes no CNC. Caso a proposta do novo formato de rebaixamento avance, as mudanças refletirão em todas as divisões nacionais a partir de 2027.