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O confronto entre São Paulo e Talleres, nesta terça-feira (27), pela fase de grupos da Libertadores, foi marcado por uma acusação grave: o atacante venezuelano Rodrigo Navarro, do time argentino, afirmou ter sido vítima de xenofobia por parte do volante paraguaio Damián Bobadilla, do Tricolor paulista.
Segundo Navarro, durante uma discussão no segundo tempo da partida, Bobadilla o teria ofendido com a frase: “venezuelano morto de fome”, em referência à crise humanitária enfrentada pela Venezuela.
Abalado, o atacante chorou em campo e precisou ser consolado por companheiros, adversários e pelo árbitro. Ele cogitou deixar o jogo, mas seguiu até o fim após ser acalmado.
Após a partida, Navarro usou suas redes sociais para desabafar:
"Quisera eu poder ter nas minhas mãos a solução para a fome que vive meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Nunca me envergonharei das minhas raízes.
Irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil pelas mãos de Damián Bobadilla. No futebol não há espaço para discursos de ódio."
O atacante também registrou um boletim de ocorrência ainda no estádio Morumbis, e Bobadilla pode ser convocado a depor na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), nesta quarta-feira (28).
No entanto, o jogador são-paulino deixou o local antes de prestar qualquer depoimento.
Caso a denúncia seja confirmada, o paraguaio corre o risco de suspensão por parte da Conmebol.
Em abril, a entidade puniu com quatro meses de suspensão o meia Pablo Ceppelini, do Alianza Lima, por declarações xenofóbicas contra torcedores do Boca Juniors, em partida da pré-Libertadores.
A Conmebol ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio envolvendo Bobadilla e Navarro.










