Crédito da Foto: Rafael Ribeiro / CBF
A tranquilidade de Carlo Ancelotti permaneceu inalterada após o empate em 1 a 1 entre Brasil e Tunísia, nesta terça-feira, em Lille. O amistoso encerrou o calendário da Seleção em 2025, e o treinador reconheceu as dificuldades enfrentadas diante de uma equipe com forte postura defensiva, além de detalhar a troca no cobrador de pênaltis durante a partida.
Estêvão, eleito o melhor em campo e artilheiro da era Ancelotti, abriu o placar ainda no primeiro tempo ao bater pênalti com categoria. Na segunda etapa, Vitor Roque sofreu nova penalidade, mas, por orientação do técnico, a cobrança foi feita por Lucas Paquetá. O comandante explicou o motivo:
— Paquetá é o cobrador oficial. Quando veio o segundo pênalti, decidi mudar para aliviar um pouco a pressão sobre o Estêvão. Além disso, o Paquetá costuma bater muito bem — afirmou Ancelotti.
O treinador destacou ainda que o modelo de jogo da Tunísia dificultou a fluidez ofensiva do Brasil. Com linhas baixas e muita compactação, os africanos tiraram o espaço dos atacantes brasileiros, conhecidos pela velocidade.
— Foi uma partida mais complicada. Sabíamos que seria difícil, porque a Tunísia defende muito atrás e isso nos prejudica pelas características dos nossos jogadores. Começamos mal, mas reagimos. Poderíamos ter vencido, e no segundo tempo fizemos o que era possível dentro das limitações de espaço — avaliou.
A Seleção volta a se reunir apenas em março de 2026 para enfrentar França e Croácia em amistosos nos Estados Unidos. Desde que assumiu o comando em junho, Ancelotti disputou oito jogos: venceu quatro, empatou dois e perdeu dois, com 14 gols marcados e cinco sofridos.
Outros pontos da coletiva
Europa x futebol brasileiro
Ancelotti reafirmou que o local onde o atleta atua não pesa em suas escolhas:
— Não vejo diferença se joga na Europa ou no Brasil. O que importa é ajudar a equipe. Aprendemos muito nesses dois jogos e tivemos lições importantes para enfrentar times com bloco baixo.
Avaliação da Data Fifa de novembro
O treinador destacou a variedade de desafios:
— Foram duas semanas proveitosas, contra adversários com características distintas. Criamos mais no primeiro jogo do que no segundo.
Convocação para a Copa do Mundo
— A lista está praticamente definida. Ainda faltam alguns nomes, e temos mais amistosos e um calendário muito exigente, com risco alto de lesões. Mas confio totalmente neste grupo.
Planejamento até março
— Estamos em contato permanente com os jogadores. Vamos observá-los de perto até a próxima convocação.
Uso de três zagueiros
Ancelotti explicou a variação tática com Danilo e Casemiro alternando funções:
— Sem a bola, mantemos linha de quatro. Com ela, formamos saída de três e liberamos cinco jogadores no ataque. Funcionou bem no segundo tempo.
Fim de ano e sorteio da Copa
— Vamos ao sorteio da Copa e depois aos EUA para analisar centros de treinamento. Depois disso, foco total na preparação.
Diferença de desempenho entre os jogos da Data Fifa
— Estamos avaliando. O último jogo antes do retorno aos clubes é sempre mais difícil de preparar. Lesões recentes também afetaram nossa intensidade.










