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Chegou ao fim um dos episódios mais conturbados da história recente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Após 27 dias de indefinição, uma audiência de conciliação realizada nesta sexta-feira (30), no Fórum de Cuiabá, selou o acordo para a realização de uma nova eleição na entidade.
O processo será conduzido pelo interventor nomeado pela CBF, o advogado Luciano Hocsman, que também preside a Federação Gaúcha de Futebol.
O entendimento foi possível após a Justiça acatar o pedido da chapa “Federação para Todos”, liderada por Dorileo Leal — empresário, presidente do Grupo Gazeta de Comunicação e CEO licenciado do Mixto Esporte Clube. A chapa de oposição havia solicitado a validação da intervenção da CBF na FMF. A chapa da situação, encabeçada por Aron Dresch, também aderiu ao acordo. Em contrapartida, ficou definido que a ação judicial movida pela Associação Camponovense contra Aron será retirada.
“Com a nomeação do interventor pela CBF, o processo deverá ocorrer de forma isonômica e transparente. A decisão da juíza Ana Cristina Mendes, ao homologar o acordo, foi equilibrada e preservou o interesse do futebol mato-grossense”, avaliou o advogado Eduardo Costa e Silva, que representou a chapa de oposição.
A portaria com a nomeação de Hocsman foi publicada na quarta-feira (28), e ele deve assumir oficialmente o comando da FMF na próxima segunda-feira. Sua primeira missão será dar início aos trâmites legais para convocação da nova eleição. Isso inclui a publicação do edital, a divulgação da lista de clubes e ligas aptos a votar e o detalhamento do peso de cada voto.
A eleição anterior, suspensa no dia 3 de maio por decisão liminar da Justiça, foi alvo de críticas e disputas judiciais. A medida atendeu pedido da Associação Camponovense, que teve seu direito a voto negado. A situação se agravou quando a comissão eleitoral independente, composta por membros da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA), foi destituída por Aron Dresch, então presidente da FMF. Ele tentou, sem sucesso, manter a assembleia mesmo após as decisões judiciais.
Durante o período de crise, Dresch ainda tentou quatro vezes retomar o controle do processo eleitoral e anular as decisões que favoreciam a oposição, mas não obteve êxito. Seu mandato expirou no último dia 25 de maio.
Agora, com a intervenção validada, a disputa pela presidência da FMF volta para o campo democrático. A previsão é que a nova eleição aconteça em até 15 dias.
Estão aptos a votar os seguintes clubes e entidades: Ação, Academia, Atlético Mato-grossense, Uirapuru, Cáceres, Cacerense, Camponovense, Operário, Cuiabá, Dom Bosco, Juara Atlético Clube, Luverdense, Mixto, Nova Mutum, Operário FC Ltda, Primavera, Chapada, REC, Santa Cruz (Barra do Bugres), Sorriso, Sinop F.C., Sport Sinop Ltda, União (Rondonópolis) e a Liga de Alta Floresta.










