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A candidatura de João Dorileo Leal à presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) voltou a gerar incertezas nos bastidores do futebol estadual. A possível existência de novas ações de improbidade administrativa contra o empresário intensificou a preocupação de clubes filiados, que veem risco de instabilidade jurídica e política caso o processo avance.
Atualmente, Dorileo já figura como réu em ações de improbidade movidas pelo Ministério Público de Mato Grosso. Caso uma nova ação seja realmente protocolada, ela se somará ao conjunto de processos que já tramitam na Justiça, ampliando o desgaste e o passivo judicial do candidato.
Embora a eleição da FMF não siga o modelo tradicional do pleito público, as exigências de integridade para ocupar cargos diretivos são rígidas. A Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023) determina, em seu artigo 65, que qualquer pessoa proibida de assumir cargos públicos em razão de decisão judicial transitada em julgado também fica impedida de comandar entidades desportivas, independentemente do regime jurídico dessas organizações.
Diante disso, o cenário preocupa dirigentes. Uma eventual condenação definitiva pode não apenas impedir Dorileo de assumir o cargo, caso seja eleito, como também resultar em afastamento imediato, gerando insegurança jurídica e comprometendo a governança esportiva de Mato Grosso.
A FMF, assim como outras federações estaduais, precisa cumprir critérios de transparência e gestão para manter o reconhecimento da CBF e garantir acesso a programas e recursos destinados ao desenvolvimento esportivo. Qualquer abalo na legitimidade da cúpula pode trazer reflexos diretos para clubes e ligas.
Além disso, a indefinição sobre a situação do candidato pode atrapalhar negociações institucionais, repasses financeiros, planejamento de competições e a interlocução com setores públicos e privados. Uma disputa judicial envolvendo o presidente eleito tende a afetar o dia a dia da federação e prejudicar atletas, técnicos e dirigentes.
Dessa forma, o avanço ou confirmação de novas ações judiciais torna a candidatura de Dorileo um movimento de alto risco. Caso seja condenado de forma definitiva em processos de improbidade, ele poderá ser declarado inelegível e impedido de assumir ou permanecer no comando da FMF.










