Crédito: Assessoria / Arquivo
Inédita, complexa e ambiciosa, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, marcada para sexta-feira, 26 de julho, no rio Sena, será a maior transmissão ao vivo já realizada pela unidade audiovisual do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Com uma duração de 3 horas e 45 minutos, o evento, que acontece pela primeira vez fora de um estádio, apresentará as delegações em um desfile de 6 quilômetros a bordo de 85 barcos.
A Olympic Broadcasting Services (OBS) afirmou à AFP que a produção será a maior em termos de equipamentos e recursos de radiodifusão já feita.
Cerca de 3.000 bailarinos e atores participarão de 12 apresentações artísticas ao longo das margens do Sena e em pontos emblemáticos de Paris.
O objetivo é homenagear os atletas e contar a "história da França", celebrando a "diversidade" do país e "o mundo inteiro reunido", segundo Thomas Jolly, o diretor criativo da cerimônia.
Aparato Tecnológico
A OBS, responsável por filmar os Jogos e fornecer imagens às redes de televisão ao redor do mundo, usará mais de 100 sistemas de câmeras, incluindo câmeras robóticas, para capturar a cerimônia ao longo do Sena, desde a ponte Austerlitz até o Trocadéro. Mais de 200 smartphones serão instalados nas embarcações para transmitir a perspectiva dos 6.000 a 7.000 atletas que desfilarão.
“A escala do projeto é impressionante: utilizaremos o triplo do número de câmeras usadas na cerimônia dos Jogos de Tóquio 2020.
Além disso, serão empregados oito drones, três helicópteros e quatro embarcações equipadas com sistemas de vigilância especializados”, detalha a OBS.
Economia de Recursos
Para transmitir as imagens para emissoras de todo o mundo, a OBS instalou seu centro de imprensa e os centros de controle no Parque de Exposições Le Bourget, na periferia norte de Paris. A transmissão será realizada através das redes de telecomunicações da operadora francesa Orange.
Gilles Silard, diretor de produção esportiva da estatal France Télévisions, emissora oficial dos Jogos e cliente da OBS, explicou à AFP que as emissoras nacionais não têm capacidade para operar em tal escala. "Não temos os meios nem os recursos para gravar tudo o que é necessário.
Cada local de competição requer uma equipe inteira, então precisaríamos multiplicar nossos equipamentos por 20 ou 30", afirmou, destacando a importância do sinal internacional fornecido pela OBS.